18 de mar. de 2008

Tate Modern | Tate Tracks

O prêmio máximo do The One Show 2007, chamado “Best Of Show”, não foi para uma propaganda específica, mas para toda uma idéia. Sinal da valorização da integração entre as mídias e do conteúdo como forma de contato com o consumidor.

Trata-se do projeto Tate Tracks, criado pela Fallon para a galeria Tate Modern de Londres, o maior museu de arte contemporânea do mundo. Visando atrair o público jovem, de 16 a 24 anos, a Tate convidou diversos artistas para produzir trilhas sonoras para suas obras de arte.

As peças da galeria serviram como inspiração para composições musicais exclusivas de Chemical brothers, Klaxons, do guitarrista Graham Coxon do Blur, Roll Deep, entre outras bandas O Chemical Brothers, por exemplo, se inspirou na escultura de Jacob Epstein “Torso in Metal from The Rock Drill” (1913-14). Já o Man Like Me se inspirou na famosa obra de Marcel Duchamp "Fountain" (1917 - replica de 1964) para compor sua trilha e utiliza sons de homens urinando. A dupla Basement Jaxx encontrou um clima oriental para o quadro Hip, Hip, Hoorah! , do holandês Karel Appel. O New Young Pony Club fez um electro sobre a instalação de neons The Whole World, de Martin Creed.

A idéia é que quem ouvisse a música, tivesse vontade de visitar a Tate Modern para descobrir qual obra a inspirou. Além disso, foram colocados totens com fone de ouvido em frente as peças para que os visitantes pudessem ouvir a música no mesmo lugar em que ela se originou.

Depois de um mês de exclusividade, as musicas foram disponibilizadas no Tate Tracks, para que pessoas do mundo todo pudessem participar da experiência. Além de campanha nas ruas, com lambe-lambe e stencils, o projeto obteve muita mídia espontânea, com ampla cobertura da imprensa.

No fim das contas, conseguiram passar a mensagem de que a Tate Modern não deve ser vista apenas como uma coleção de obras de arte, mas como local inspirador para criatividade.

Disponível em:Brainstorm#9


Nenhum comentário: