4 de mar. de 2008

Design pelo perfil ou pelo comportamento

"O foco do Design sempre foi o ser-humano. Existem, basicamente, duas formas de se abordar o elemento humano no processo de design: através do perfil do usuário ou através de seu comportamento.

Perfis são grupamentos de pessoas que compartilham certas características demográficas similares, tais como faixa etária, localização, quantidade de filhos e etc. O design baseado no perfil é o mais comum hoje em dia, porém, em vista das mudanças na sociedade, essa abordagem está se tornando obsoleta(...)"

Trecho do artigo Design pelo perfil ou pelo comportamento.

O artigo trata de algo bem próximo do que foi discutido hoje a respeito do novo panorama de segmentação de mercado. O autor comenta sobre a brecha que diversas empresas têm aproveitado para se estabelecerem em mercados saturados.

Nos modelos tradicionais, ao projetar-se um produto ou serviço, levava-se em consideração um perfil, que era apenas uma média estatística, ou seja, um homem ou mulher padrão. Se você quisesse ostentar tal produto, você que deveria se adequar a ele.

Porém, com a quantidade de informação e opções disponíveis hoje para o consumidor, tornou-se quase impossível manter tal modelo de negócios. Os fabricantes/prestadores de serviços não conseguem mais acompanhar a velocidade com que as pessoas estão mudando. Um determinado perfil socioeconômico e o grau de letramento já não são mais capazes de definir um público. Uma pessoa pode simultaneamente fazer parte de diversos nichos e tribos.

Atentas a essa mudança, as empresas de destaque em inovação têm contratado pesquisas etnográficas e estão plantando equipes de pesquisa ao redor do mundo para rastrear oportunidades. Os dados mais valiosos na triagem têm sido os qualitativos, os que identificam hábitos, comportamentos e demandas locais. O que permite que se lance produtos/serviços/ações específicos para aquele nicho/tribo/região, além de fomentar campanhas inclusivas, que absorvam esses nichos ao mainstream (tal como no case mostrado, o Coca-Cola Vibezone).

Com o que você trabalha? O que você lê? O que faz para se divertir? O que você conversa por e-mail? O que pesquisa e compra pela internet? Essas são as novas moedas do mercado.

Tempo de guerrilha!

Filipe Trindade
7DGM

2 comentários:

Anônimo disse...

Sorriam! Vocês estão sendo filmados.

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Filipe Trindade
7DGM

D. disse...

A etnografia tem sido muito usada em função deste novo cenário. Excelente artigo, Trindade. Completou a aula de hoje.