9 de mar. de 2008

Programa traça perfil dos visitantes de museus no Brasil


O Observatório de Museus e Centros Culturais (OMCC) é um programa de pesquisa e serviços sobre os museus e instituições afins desenvolvido pela Fiocruz e pelo Departamento de Museus e Centros Culturais do IPHAN. Este programa propõe a criação de uma rede de produção e compartilhamento de dados e conhecimentos diversos sobre os museus em sua relação com a sociedade.

Pesquisa Perfil –
Quem visita os museus? - Divulgado em agosto de 2005, o boletim com o resultado da Pesquisa Perfil, realizada em 11 museus do Rio de Janeiro e Niterói. Participaram do programa o Museu Aeroespacial (MA); o Museu Antonio Parreiras (MAP); o Museu de Arte Contemporânea (MAC); o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST); o Museu Casa de Rui Barbosa (MCRB); o Museu Histórico Nacional (MH); o Museu do Índio (MI); o Museu Nacional de História Natural (MN); o Museu do Primeiro Reinado (MPR); o Museu do Universo Planetário da Cidade (MU) e o Museu da Vida (MV).

Dados
- A pesquisa revela que o museu pode ser considerado um programa de baixo custo que atrai pessoas empregadas, com alta remuneração. Três quartos dos visitantes declararam exercer atividade remunerada, dentre estes, 62,4% são empregados do setor público ou privado, 13,5% são autônomos e 10,2% são profissionais liberais. Os bolsistas ou estagiários remunerados (5,7%), assim como os empresários (5,5%), estão pouco presentes nos museus. Dentre aqueles que declararam não exercer atividade remunerada, mais da metade (53,4%) estuda. Os aposentados e pensionistas constituem um público potencial (17,9%).

O Observatório também aponta que o nível escolar dos visitantes dos museus é elevado: 45,7% declararam ter concluído o ensino superior, enquanto o nível médio de anos de estudo da população da Região Metropolitana do Rio de Janeiro é de 8,3 anos, correspondendo ao ensino fundamental.


Com relação à renda mensal domiciliar, cerca da metade dos visitantes (48,8%) participantes da pesquisa declarou renda superior a dois mil reais. Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, apenas 7,2% das famílias informaram renda mensal superior.


Quanto à faixa etária, adultos e jovens de cor branca é maioria entre os visitantes. A presença de adultos, na faixa entre 30 a 49 (48,7%) é predominante. Já os jovens, na faixa de 15 aos 29 anos, representam 36,6% dos visitantes com distribuição homogênea nas faixas de 15 a 19 (11%); 20 a 24 (12,7%) e 25 a 29 anos (12,9%). O número de visitantes acima de 50 anos é restrito (14,7%).


No quesito cor, o número de visitantes que se declaram brancos (67%) é maior que o da população residente na Região Metropolitana (57%), segundo os dados da PNAD/2004. Os que recebem maior proporção de visitantes não brancos são o Museu do Índio (52,7%), o Museu de Astronomia e Ciências Afins (48%) e o Museu da Vida (46%).


Com relação à renda mensal domiciliar, cerca da metade dos visitantes (48,8%) participantes da pesquisa declarou superior a dois mil reais. Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro apenas 7,2% das famílias informaram renda mensal superior.


O que também pode variar de acordo com o museu é o sexo. Segundo o levantamento, o público de visitantes das instituições pesquisadas é predominantemente do sexo feminino, com exceção do Museu Aeroespacial, onde predomina o masculino (68%). Mas esse resultado é compatível ao observado na população residente na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, de acordo com os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD.


A pesquisa também mostra que a fonte de informação mais usual entre os freqüentadores é o “boca a boca” e a maioria dos visitantes (64,4%) declarou ser a primeira visita àquele museu. Quanto à motivação pela visita, a maioria costuma ser em família para matar a curiosidade, conhecer coisas novas e também pelos assuntos expostos. Cabe ainda destacar que, para 60,5% dos visitantes, a diversão conta entre os motivos para a visita e que 43,3% visitaram para acompanhar outras pessoas.


Fatores que dificultam a visita - Os visitantes afirmaram que a falta de divulgação é um fator que dificulta a visita aos museus (72,4%). O segundo motivo foi a violência urbana (53,3%). Custos da visita – transporte e alimentação (39,9%) e dificuldade de transporte (38,6%) foram mencionados por cerca de 40% dos visitantes. A duração da visita dura de 30 a duas horas e 81,8% pensam em retornar nos próximos 12 meses.


Traçar o perfil dos visitantes de cada museu, identificar as diferentes modalidades de visita, acompanhar a relação dos museus com a sociedade e sua evolução. Estes são alguns dos objetivos que o Programa Observatório de Museus e Centros Culturais (OMCC) pretende alcançar com a Pesquisa de Perfil-Opinião nos museus brasileiros. Após diagnosticar 11 museus das cidades do Rio de Janeiro e Niterói, o Observatório realizou em 2007, porém ainda não divulgou, uma pesquisa nos museus dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais.


Fonte: Sara Schuabb - Demu/Iphan

Mais infomarções nos sites:
http://www.culturaemercado.com.br/setor.php?setor=4&pid=1030 http://www.museus.gov.br/publicacoes.htm

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