2 de abr. de 2008

Vagões Estacionários

Mariana, Vagão Café

O projeto de iniciativa da Companhia Vale do Rio doce teve origem no início da década de 80, parou e só foi retomado em 2003. Nessa retomada a concepção do projeto passou a ter uma preocupação multidisciplinar envolvendo arquitetura, museografia, paisagismo, urbanismo e tudo isso dando ênfase na educação patrimonial nas estações férreas entre Ouro Preto e Mariana, relacionando-se com turistas e comunidade local.


Mariana, Vagão Café

Para os primeiros se direciona o programa museográfico, com biblioteca e terminais multimídia, entre outros, enquanto para a população foram criados suportes para atividades educacionais, de lazer e entretenimento.
Surgiram então os “vagões estacionários” que totalizam sete unidade, abrigam café, oficinas musicais e de vídeo, além de apoio operacional e administrativo. Eles foram completamente recuperados, pois estavam em péssimo estado de conservação.
O design dos interiores, dos equipamentos de lazer e expográficos tomou como ponto de partida o diálogo com a tecnologia e a arte contemporâneas. No entanto, o universo do trem é bruto, por isso arquitetura e design utilizam materiais aparentes, quase sem acabamento, e por vezes retirados da própria linha férrea, que se encontrava abandonada.

Detalhes dos brinquedos sonoros da praça de Mariana


Em Mariana foi criada ainda uma praça “Lúdico-Musical”onde o objetivo era atrair a população através das crianças e jovens, e a solução para isso foi o uso de equipamentos sonoros que são acionados através do contato com o corpo do usuário.

Ouro Preto, Sala de depoimentos

Mariana, Vagão dos sentidos

3 comentários:

Joice 7DGM disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Joice 7DGM disse...

Achei muito interessante essa integração de tecnologias para um projeto em cidades históricas, no caso Ouro Preto e Mariana, quebrou aquela idéia de apenas o predominio do rústico, antigo, barroco, bem característicos dessas cidades. E o mais interessante é que eles conseguiram fazer isso sem que os estilos “brigassem”, exemplo disso são os ambientes com material bruto aparente. Claro que deu um tom de modernidade, mas o arquiteto e designer responsáveis souberam dosar bem os estilos, temas para cada local específico.

Anne | 7º DG Noite disse...

Nossa! Adorei isso.
Realmente aliar tecnologia a valores tão rusticos/coloniais presentes nessas cidades foi super pertinente! Super pós-moderno.